quarta-feira, 29 de julho de 2009

VERDADE OU CONSEQUÊNCIA?


Sempre soube curtir ao máximo tudo que aparecia pela frente e nas mais diversas fases, assistir ao pôr do sol e curtir o visual do mar sem pensar no amanhã, correr descalça pela chuva, comer uma barra de chocolates enquanto acalmo minha TPM.
Às vezes viajo tanto que posso sentir minha alma saindo do corpo por algum instante, esse é o meu momento com Deus.
Coisas pequenas tornam-se gigantescas aos meus olhos, sou da turma da tragédia grega, consigo transformar uma chuva de verão na maior das tempestades. Dor para mim não tem limites, dói mesmo! Choro de alegria, tristeza, raiva, medo. Sou derretida como manteiga, dizem que chorar faz bem por que colocamos para fora o que sentimos. Esse negócio de ruga não existe, meu rosto estaria na pelanca se fosse verdade
Para mim a vida sempre foi um sonho sem fim, quando era criança procurava ovos de páscoa no jardim de casa, me cobria dos pés à cabeça com o cobertor achando que isso me salvaria dos monstros e nas noites de natal ficava horas na janela esperando o papai Noel passar. Depois dessa fase aparecem as espinhas e as crises existenciais de adolescente como paixonites agudas, dietas incansáveis ao culto à magreza, matérias difíceis de entender, professores perseguidores na escola e os idolatrados amigos. Não trocava um amigo por nada nesse mundo, essa é a época que andamos em grupinhos, sofremos por amor e descobrimos que de repente tudo mudou, os seios aparecem, o cabelo começa a dar trabalho, um alien brota no meio da testa da noite para o dia e sempre estamos precisando de roupas novas. Nunca fui uma rebelde sem causa em casa, eu aprontava na medida do possível e quando ficava impossível sumia sem deixar rastros, daria uma boa agente de FBI.
A primeira vez que tomei um porre fui direto para o hospital tomar glicose, era tequila para todos os lados e para quem não conhece a bebida pode ser um problema sério, você só consegue perceber que está bêbado depois da terceira dose, aí já é tarde por que o efeito vem acumulado, no final da bebedeira só chamando o Raul mesmo para voltar à realidade e sempre estar ao lado daquele amigo careta que te deixa são e salvo no final da noitada. Hoje em dia prefiro bebidas doces para serem apreciadas socialmente e não para servirem de estimulantes encorajadores. Perdemos a noção das coisas, choramos, rimos, lamentamos da vida, ficamos agressivos ou pegajosos. Tenho horror aos tipos que amam todas as pessoas, acho que ninguém agüenta um chato te babando de beijo e falando que te ama a cada minuto, insuportável!
Já tive várias experiências bem loucas com bebidas, existia a lenda que bater cinza de cigarro no chope aumentava ainda mais as alucinações, até hoje não sei se era verdade, só fazíamos isso depois de alguns copos, então poderia ser fruto da imaginação por que depois de certa hora tudo parece funcionar de acordo com o que pensamos naquele momento e isso quando pensamos.
Algumas gotas de álcool poderia me transformar na garota mais simpática do lugar, isso sem falar que atacava de cupido, algumas tentativas deram tão certo que conheço uns casais que estão juntos até hoje, graças a minha cara de pau e mãozinha amiga.
Tirando os amores platônicos que apareciam de vez em quando não tenho o que reclamar da minha adolescência. Esses amores eram absurdos, até padre entrou na minha lista de desilusões, morro de rir lembrando do padre gato que apareceu na paróquia que freqüentava, os primeiros bancos da igreja eram ocupados pela massa feminina, parecia um salão de beleza a missa que ele celebrava, a fila para comungar dobrava a esquina e até as senhoras casadas não perdiam um domingo. Nem sei o que aconteceu com ele, se ainda é padre ou largou a batina, se ainda for deverá virar um santo por que as tentações eram enormes.
Que Deus perdoe meus pensamentos, mas era inevitável não se apaixonar pelo padre Lucas, ele era um verdadeiro homem dos sonhos, por isso impossível!
Muitas impossibilidades surgiram durante esse período de descobertas, mas jamais me dei por vencida, apenas mantinha o bom senso em algumas passagens.
Achamos que os pais nunca tem razão, que amigos são verdadeiros gurus e que experimentar um cigarro de maconha faz parte do aprendizado.
Algumas pessoas que conheci não tiveram a oportunidade de se desculpar com seus pais, muitas garotas perderam sua melhor fase cuidando de filhos e outros estão viciados até hoje com drogas bem mais pesadas. Por isso sempre falo, se não consegue comandar a mente, melhor nem tentar.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

SPAN - isso cansa minha beleza!

O que falar dele, assim tão chato, tão desocupado e sem assunto!
Quanto tempo vc demora incomodando seus colegas no meio do trabalho para dizer pequenas besteiras que podem tirar o humor de um dia cheio de contas a pagar?
Está desocupado, desempregado, aposentado, só, entediado ou sua vida não faz mais sentido?
Não me interessa se fulano terminou o romance de 20 anos com uma famosa atriz, se descobriram que o Lula é gay ou que amanhã terá sambão na rua sei lá qual de Salvador. Acha mesmo que pegarei um avião para ir a um samba do outro lado do território?
Enquanto passa correntes, fotos desconhecidas, textinho sem graça, estou aqui me segurando para não te mandar para aquele lugar que vc sabe muito bem onde fica.
Podemos passar o tempo no computador estudando, conhecendo países, aprendendo coisas novas como culturas, crenças, artesanato e muito mais.
Eu por exemplo, consigo fazer tudo isso sem atrapalhar ninguém e o melhor, com todo o conteúdo que a internet nos oferece, evoluo ainda mais.
Infelizmente não tenho como bloquear emails indesejáveis e enquanto trabalho e estudo sou interrompida com novas mensagens na caixa. Pensando em ter recebido um aumento do chefe, uma promoção ou algo importante que irá mudar minha vida, dou de cara com um span mais imbecil que o anterior e não para por aí, minutos depois chegam mais e mais e mais.........
Por isso queridos amigos, na hora de mandar algo para mim, pense bem antes, pq amigo que é amigo não prejudica o outro e sim pergunta como está, como vai a saúde, o coração e por aí vai.
Já viu como o dia está lindo lá fora? Aposto q não, pq perdeu novamente seu precioso tempo mandando toda essa porcaria de sempre.
Não estou sendo grossa, mas definitivamente estou perdendo a cabeça com isso e se mandei errado... repassem para o maior número de amigos que com certeza esse span eles irão adorar!
Desabafei hoje com os contatos de email, espero que entendam o recado e me deixem em paz, coisa chata.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

MORRE UMA PESSOA, NASCE UMA IDÉIA

Passei o domingo inteiro largada no sofá, assistindo tv e lendo o jornal, não queria ter que pensar na possibilidade do meu salário sumir de repente ou vir o trabalho que tanto gosto ser esquecido numa pilha de processos arquivados. Eu poderia arrumar o mesmo emprego em outra revista, mas ter que ouvir todas aquelas cantadas e piadas idiotas até chegar aonde cheguei não valeria o esforço.
Como uma revista pode falir da noite para o dia? Aquele estúpido se suicidou de egoísmo por que não queria encarar a realidade.
Como alguém tão rico consegue essa proeza e deixa dois filhos pequenos largados no mundo com uma mãe que só quer saber de cremes e comprar roupas de marca?
Esse imbecil era o dono da revista, os outros sócios não servem de nada sem a cabeça que conduziu isso tudo até hoje.
Andei investigando sobre o motivo da ignorância depois de receber um telefonema avisando que não precisaria marcar presença na redação por que o senhor Albert teria amarrado a ponta de uma corda no pescoço, a outra em uma arvore, teria subido no teto do seu carro importado e pulado, achei que algum desocupado estava querendo fazer uma piada de mau gosto com a minha cara, mas a verdade era essa mesma. Ele teria descoberto um caso da esposa com o personal training e somado inúmeras dívidas de processos contraídos na sessão de fofocas, aquelas matérias de repórteres amadores querendo subir na vida que invadem o particular de famosos mais do que devem e são processados por difamação entre outros. Matamos uma princesa por causa disso e ninguém aprendeu que limites devem ser respeitados, com isso sobrou para mim que falo sobre moda, saúde e estética ter que ficar de molho enquanto decidem o que farão com o futuro da revista.
Na última página do jornal que estava lendo tinha uma matéria sobre concursos públicos, algo que jamais imaginei, mas como gosto de desafios, quem sabe não será uma solução para o tédio em que me encontro no momento, essa calmaria está me deixando ociosa e infeliz e pensando pelo lado lucrativo, além do salário poderá ser mais uma espécie de laboratório, gosto de viver vários personagens, ser somente uma Melissa me cansa, por isso dessa vez estou empenhada em me tornar uma agente policial, mesmo sabendo que aqui não é nenhum FBI de filmes, quero tentar.
Tenho que estudar aquelas coisinhas chatas que ninguém usa no futuro e que para encher os olhos dos candidatos sempre caem nas provas.
Sempre gostei de armas, filmes de investigação com serial killer, psicopatas e mulheres imbatíveis, mas jamais pensei que um dia isso poderia fazer parte da minha vida. Nos filmes as heroínas sobrevivem nas explosões quando são baleadas ou mergulham em corredeiras, aqui fora tudo fica mais real, elas podem sangrar, morrer e nunca serem consideradas heroínas.
Tinha um amigo que era dono de uma firma de segurança e todo final de semana passávamos no sítio dele que ficava em Teresópolis, lá ficávamos horas brincando de tiro ao alvo com latinhas de cerveja e maçãs. Meu primeiro tiro foi um desastre, voei para trás após apertar o gatilho e cai no chiqueiro, fiquei com o braço dolorido e roxo por causa do disparo e no dia seguinte estava pronta para outra.
À noite cada hóspede dormia com uma arma debaixo da cama para evitar ser surpreendido por algum ladrão entrando pela janela, isso porque a família toda era desesperada pelo fato de ter tido dois parentes seqüestrados naquela época, donos de firma de segurança não deveriam sentir esse medo, afinal estavam seguros.
Escolhi logo a mais poderosa, uma silenciosa prateada que vinha em uma maleta estilo 007, não pude deixar de bater uma foto com um charuto cubano na mão e nesse instante pude me imaginar naquelas roupas pretas e coladas no corpo como a “Super Mel”.
Moveis da família real misturados com um toque de serra e peças de antiquários decoravam o interior da casa, dando um ar de mistério e desconfiança, eu que não me arriscaria em sair do quarto até o galo cantar.
Antes de nos recolhermos tomávamos algumas bebidinhas, chás e petiscos caseiros, como queijo, goiabada, doce de leite e um rodízio interminável de palmito, tudo feito naquele lugar. Sentávamos em volta de uma fogueira e tocávamos algumas musicas no violão, depois cada um se dirigia para o seu aposento. O quarto que eu sempre ficava tinha uma cama que foi da princesa Isabel, dava prazer só de imaginar que dormiria como uma nobre, uns oito travesseiros de pena de ganso ocupavam metade do colchão, um lugar perfeito para quem não precisa acordar cedo. Antes de cair no sono enchia a banheira de essências e ficava horas por lá até enrugarem as pontas dos dedos dos pés.
Lembranças boas que tinha esquecido por um tempo e que hoje ao recordar tenho a certeza que tudo tem um sentido, talvez essa nova fase seja mais interessante do que a que estou passando nesse momento, um pouco de aventura e regalias fazem bem para qualquer pessoa, terei apenas uma semana para organizar meus neurônios e quem sabe ser uma heroína real, quanto à minha profissão atual, estou saindo de férias por um período do meu local de trabalho, mas continuarei com o site da internet ativo passando minhas dicas de sempre e aguardando uma solução para a redação por que se parar de escrever piro de vez, com o tempo tudo se ajeita, a revista número um não rasga assim tão facilmente, vamos esperar o inventário sair e uma reunião que elegerá o substituto.

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