quinta-feira, 4 de junho de 2009

FAXINA LITERÁRIA E PROFESSORES ESQUISITOS


Hoje estou em uma verdadeira faxina literária no escritório aqui de casa, caixas de revistas, fotos, toneladas de papeis e muitos livros. Tem recibos tão antigos que não imaginava que ainda existiam, fotos de ex namorados, amigos, família, obras que dariam para montar uma biblioteca, tantos estilos diferentes que não parecem ser de uma única pessoa. Tenho desde curas espirituais e Gandhi ao astuto Maquiavel e “Mulheres São De Marte E Homens São De Vênus”, isso sem falar daqueles de poesias e culinárias. Atualmente estou lendo “Chasing Harry Winsten”, da mesma escritora de “O Diabo Veste Prada”, as biografias de Paulo Coelho e Amy Winehouse . Tenho mania de ler dois ou três ao mesmo tempo para não cansar da história ou embarcar demais no assunto.
Quanto mais arrumamos mais bagunça aparece, eu sempre tento separar os itens para empilhar na estante mas com a falta de compatibilidade dos assuntos fica determinantemente impossível. Entre uma paradinha e outra dou uma olhada nas fotos e bilhetinhos que guardo desde o colégio. Cada corte de cabelo e modelo de roupa que chega a assustar até minha cachorra que se faz de presente na arrumação.
A moda das calças semi- bags foram as mais esquisitas, aquela braguilha que subia na altura da cintura era brega demais, depois disso só mesmo a pochete para desbancar o posto de cafonice. Quando cursava a faculdade tinha um professor que usava isso, ele repartia o cabelo no meio, usava camisas quadriculadas tipo “mamãe vou pular a fogueira” e se achava o garanhão com aquela pochete preta e surrada, como alguém poderia dar aula de etiqueta com essa apresentação? Talvez por isso resolvi meter a cara e ler sobre tudo que via pela frente, não conseguiria chegar a lugar algum com esse tipo de representante.
Por falar em professor de faculdade, tem dois que não posso esquecer de citar aqui, um dava aula de desenho e não sabia desenhar nada sem colocar um modelo de boneca por baixo de suas inúmeras folhas de papel vegetal. Ninguém jamais ganhou uma nota máxima e mesmo não achando perfeição nos desenhos insistia em pedir nossas criações para no próximo ano poder mostrar aos alunos novos como criações dele. Isso seria pouco para os meus dias de aprendizado se não fosse outro ser esquisito a cruzar meu caminho, uma ex modelo que ensinava bastidores de desfile e produção, essa chegava a dar medo na classe, estava sempre com seu modelito anos 80 achando que estava arrasando nas passarelas, contava sobre a vida sexual dos seus bichinhos de estimação e o quanto era famosa quando modelava... a séculos atrás, rsrs.
No começo senti um pouco de pena por achar que se tratava de uma pessoa problemática que vivia do passado e não aceitava o futuro, mas ela surtou na segunda semana. Chegava gritando, criando regras e o pior, não podia ver uma garrafa de água na mesa dos alunos para pedir uma bicadinha, que nojo! Pegar baba de mulher nem pegando homem por tabela, odeio gente que chega pedindo mordida em sanduíche e faz uma liga de baba quando puxa. Pra pegar saliva só se for diretamente de um homem bem gostoso e de beijo de língua, o resto eu dispenso, não será qualquer bactéria que conseguirá se infiltrar na minha nobre flora.
É claro que tive excelentes exemplos de profissionais e graças a alguns deles pude seguir a carreira que escolhi como redatora de moda e ainda fazer uma outra faculdade em jornalismo.
Falam que faculdade não faz aluno, realmente!
No retorno ao meu lixinho particular, desânimo e cansaço, acho que jogarei tudo nas caixas novamente até arrumar mais armários.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem seus comentários, façam suas perguntas e mandem sugestões

Seguidores